Algumas vantagens a saúde de quem pedala

Bom dia a todos os leitores do conteúdo deste site. Eu sou Michel Braga de Oliveira, médico e integrante do time de pedal amador Maroto’s.

Hoje gostaria de falar sobre algumas vantagens a saúde de quem pedala. Mas primeiramente gostaria de familiarizar o leitor, com o significado da palavra “saúde”. Onde, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o conceito mais correto seria que “saúde é o perfeito bem estar físico, mental e social de um indivíduo”.

Muito se fala atualmente, a respeito do sedentarismo e de como isso afeta nossa saúde. Um ser humano que não se exercita tende a ter uma redução de massa muscular e o acúmulo do excesso das calorias que ingerimos, na forma de gordura.

Tendo em vista, que a cada ano que passa, nossos alimentos têm seu teor de açúcares e gorduras cada vez mais elevado, problemas de saúde gerados por uma dieta ruim associada a ausência de atividade física, se intensificam.

Mais ainda, o sedentário vem a ter uma limitação da capacidade cardiorrespiratória, devido ao organismo estar tão acostumado o repouso, que nosso metabolismo apenas nos prepara para o mínimo necessário da atividade cardíaca e pulmonar, somente para as atividade básicas de nossa rotina urbana.

Quando passamos a nos exercitar por meio do ciclismo, adquirimos um hábito que tanto é um ótimo exercício para a musculatura, esquelética, bem como uma excelente forma de melhorar nossa condição cardiopulmonar.

Desta forma evitamos diversas doenças graves e/ou incapacitantes, dentre as principais, podemos citar: hipertensão arterial, síndromes coronarianas, diabetes melitus tipo 2, síndrome metabólica, acidente vascular cerebral, osteoporose, etc.

A rotina da sociedade contemporânea é algo monótono, repetitivo e muitas vezes causadora de altos níveis de estresse. Em muitos casos vemos indivíduos sedentários, não só desenvolvendo problema físicos, mas também apresentando problemas mentais, como os sintomas de baixa autoestima, ansiedade, angústia, descontrole da raiva, depressão e até mesmo tendências suicidas. Tais sintomas podem surgir devido à diversos fatores, porém o estresse vem sendo considerado o principal deles.

Ao se tornar um ciclista, a realização da atividade física funciona, em muitos casos, como uma válvula de escape para essa rotina e atua como uma fator de higiene mental, o que nos ajuda a aliviar toda a tensão reprimida em nossa psique, na forma de movimentos, força, velocidade e diversão.

Bioquimicamente falando, a pratica regular de exercícios físicos, faz que nosso cérebro libere neurotransmissores, com as Endorfinas, as quais são responsáveis por nos proporcionar uma sensação de prazer, satisfação e tranquilidade, que surge para regular nossa mente e nos ajudar a lidar com tudo o que nos cansa e aborrece em nossa rotina.

O ritmo de vida moderno, é focado para o trabalho ou estudos, competindo uns contra os outros pelas melhores oportunidades. Esse comportamento humano, é algo inerente à nossa busca pela sobrevivência, e gera a muitos, um sentimento de solidão.

Entretanto, o ser humano necessita de uma interação social adequada, onde não só precisa ser aceito mas também deve buscar ter empatia pelos seus semelhantes.

Ao observar os grupos de ciclismo, pedalar com pessoas que buscam o mesmo objeto de uma qualidade de vida melhor por meio do esporte, vemos à ocorrência de uma interação social que não se tem uma academia de musculação, por exemplo, onde você entra e sai calado na maioria das vezes.

Um indivíduo solitário tem a oportunidade de fazer amizades, interagir com outras pessoas e se tornar parte de um grupo de indivíduos, que compartilham as mesma atividades de higiene mental e diversão. Desta forma gerando um comportamento de interação social saudável e construtiva.

Embora outras formas de atividade física possam alcançar estes objetivos. Cabe a mim dizer que por meio do ciclismo pude alcançar uma melhor qualidade para a minha saúde, no que tange o conceito descrito pela OMS. E aconselho a todos, que procuram uma melhor qualidade de vida, a experimentar o ciclismo.

Michel B. de Oliveira

Maroto’s

Test Ride Maroto Ciclor Bike Shop

Esse final de semana recebemos um convite super especial da Ciclor Bike Shop para testar as novidades da Specialized, um Test Ride nos moldes de eventos internacionais e com bikes de diversos modelos para apreciação, um verdadeiro paraíso para todo ciclista, tudo isso em um excelente terreno perfeito para a prática do MTB no Cross Tai Bike Park.

Dentre as bikes disponíveis estavam os novos modelos da Epic, tanto a FSR Full Suspesion como a novíssima Epic Hardtail de carbono, uma excelente oportunidade comparar uma Hardtail com um Full nas trilhas

Modelos femininos com tamanhos e configurações variadas

Mas destaque mesmo ficou por conta das Fuse, uma 27,5 com pneus de 3 polegadas e com um rodagem próxima de uma 29.

Uma verdadeira devoradora de trilha!

A primeira vista parece um bike pesada e difícil de andar, mas ao primeiro giro do pedivela você percebe que é totalmente ao contrário disso, uma bike extremamente leve e perfeita para trilhas com muita lama, erosão e raízes, ela simplesmente atropela tudo pelo caminho e ainda consegue ser muito ágil e rápida, realmente uma bike acima de qualquer expectativa.

Um oportunidade espetacular de testar maquinas dos sonhos e e sentir tudo que essas belas biciclistas podem oferecer.

 

Pedalar clipado, as primeiras impressões e umas quedas

Hoje é muito comum observar algum ciclista utilizando pedal de clip, e junto uma série de comentários sobre isso. Quem nunca ouviu algo do tipo: “Fulano caiu porque estava clipado, por isso eu não uso clip”, “Eu não uso clip, se eu cair vou ficar preso a bike até alguém me ajudar” e por ai vai.
Apesar de ter ouvido tudo isso, e ter ficado com um certo medo, resolvi meter a cara (e os pés) na ideia de pedalar clipado. O que eu posso dizer de cara? Eu me arrependo de não ter feito isso antes.
Pedalar clipado é como estar preso a liberdade! “Como assim Roque? Tu pedalou chapado?” Não cara, pensa comigo. O ciclista tem três pontos ligação e – consequentemente – controle com a bike, as mãos, as nádegas e os pés. Estar “preso” ao pedal te da um controle maior sobre ela, controle esse que eu nem sabia que podia ter, e junto a isso um maior aproveitamento do passeio, corrida ou seja lá qual for o seu objetivo. Sem contar a economia de energia, já que você não precisa ter o gasto de manter o pé no pedal.
Tá, você pode até não fazer uma trilha ou um pedal mais puxado, mas já percebeu como a bike se comporta em uma decida ou quando você acelera pra passar daquele sinal? Nem é preciso estar pedalando pra você sentir o pedal escapando do pé, agora imagina se tiver algum obstáculo no caminho. Não vou dizer que impossível, mas é um pouco complicado manobrar com a bike “fugindo” de você. Ou então imagina aquela decida na trilha, que você faz com a mão nervosa no freio. Eu, por exemplo, tive medo quando cheguei nela clipado? Muito! Eu desci clipado? Desci, e nunca desci tão bem! O controle sobre a bike, mesmo que inconsciente, foi perceptível. Ao invés de sair “dançando” de qualquer jeito pelo trajeto, ela foi seguindo o trajeto do meu corpo.
Mas se eu perceber a queda posso colocar o pé no chão e evitar

Sinceramente? Se for pra cair cai logo e pronto. Se até o Nino Schurter – atual campeão mundial, olímpico e do cape epic – cai quem somos nós pra não cair? Eu não tô dizendo que pedalar clipado é sinônimo de queda. No início você vai passar por um período de adaptação, então vai ser inevitável algumas quedas, a maioria são quedas bestas, parando ou estando parado até. Mas depois vai se algo tão instintivo que ao pedalar em uma bike com pedal de plataforma o movimento de soltar o pé vai ser involuntário. Durante a adaptação é interessante andar com pessoas que já utilizam o clip, pois ver e ouvir os outros clipando e desclipando ajuda a fixar o hábito na cabeça.
E se cair? Faz pose no chão pra foto, levanta, da risada com os amigos e segue o caminho. Só cai quem anda, ficar em casa fingindo é pior do que levar aquele tombo besta.

Não permita que o medo – irradiado por outros na maioria das vezes – tome conta da sua mente. Se der vontade de usar o clip procure uma pessoa que entenda do assunto para decidir a melhor alternativa de pedal e a melhor configuração do equipamento. A escolha errada do pedal, que nem da bicicleta , pode desencorajar a atividade.
Bom pedal e quedas a todos! Continue lendo “Pedalar clipado, as primeiras impressões e umas quedas”